O EFEITO DO EXCESSO DE PESO NO FUNCIONAMENTO CEREBRAL
Conforme seu peso aumenta, todas as regiões do cérebro diminuem em atividade e fluxo sanguíneo. A conclusão é de um estudo de imagem cerebral publicado no Journal of Alzheimer's Disease.
No trabalho que liga o excesso de peso à disfunção cerebral, os cientistas analisaram mais de 35mil exames de neuroimagem funcional usando tomografia computadorizada de emissão de fóton único para medir o fluxo sanguíneo e a atividade cerebral. O baixo fluxo sanguíneo cerebral é o principal indicador de imagem cerebral de que uma pessoa desenvolverá a doença de Alzheimer.
A redução também está associada à depressão, TDAH, transtorno bipolar, esquizofrenia, lesão cerebral traumática, vício, suicídio e outras condições.
A relação da obesidade com a fisiologia cerebral pode ocorrer por vários mecanismos.
Um é através da neuroinflamação e sua influência na perfusão.
A inflamação dos neurônios está relacionada à hipoperfusão (redução da passagem do fluxo de sangue para o cérebro), por meio de vias também observadas na doença de Alzheimer.
Assim, a obesidade crônica com sua inflamação sistêmica associada, pode desencadear uma neuroinflamação e, consequentemente, hipoperfusão.
Mudanças nos níveis de hormônios sexuais causadas pela obesidade também podem resultar em mudanças na perfusão cerebral. Embora os resultados deste estudo sejam profundamente preocupantes, devido ao grande aumento de sobrepeso populacional observado nas últimas décadas, há esperança no trabalho de conscientização alimentar ou estilo de vida exercido por profissionais de saúde, em particular, nutricionistas.
Uma das lições mais importantes dos estudos de imagens cerebrais passados é que uma dieta inteligente aliada a exercícios regulares pode melhorar o fluxo sanguíneo cerebral e seu funcionamento.
Fonte:
Foto: Anna Shvets
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