top of page

Blog & Receitas

Macela: a flor amarela cheia de benefícios a saúde


O conhecimento popular sobre as plantas no cuidado da saúde depende da cultura de cada local, e muitas são tradicionalmente usadas no cuidado à saúde, e algumas tem seus efeitos comprovados

cientificamente, dentre estas está a Achyrocline satureioides (Lam.) DC, conhecida popularmente como Macela ou Marcela, que inclusive é a Planta Medicinal Símbolo do Rio Grande do Sul.


A colheita da macela é realizada entre março e abril, e há uma tradição principalmente no RS de colheita na manhã da Sexta-Feira Santa (data católica que antecede a Páscoa no domingo seguinte), antes do nascer do sol, ainda banhada com o orvalho da manhã, respeitar este misticismo para muitos faz com que a planta tenha um poder medicinal maior.


A infusão das inflorescências da macela é tradicionalmente utilizada na medicina popular no tratamento de doenças relacionadas principalmente ao sistema digestório, como


antisséptica, anti-inflamatória e para o tratamento de gripes, resfriados e outros problemas respiratórios. Também tem sido tradicionalmente utilizada como ansiolítica, sedativa e calmante natural. Especialmente no RS, na medicina popular, suas inflorescências são utilizadas para compor o estofo de travesseiros e estofados, para diminuir a ansiedade e tranquilizar o sono.


Estudos científicos já realizados mostraram que a Macela tem propriedades de hepatoproteção, antioxidante, citoproteção (ou seja, protege nossas células contra danos), antiúlcera, antibacteriana, antiparasitária, antiviral, anticâncer, hipocolesterolêmica e antiinflamatória.



A Anvisa indica o uso de suas flores para má digestão, cólicas intestinais, como sedativo leve e anti-inflamatório. O modo de uso recomendado é a infusão de 1,5 g (meia colher de sopa) das flores em 150 mL (1 xícara de chá) de água fervente. Tomar 1 xícara 4 vezes ao dia.

Lembrando que plantas medicinais não substituem acompanhamento médico e/ou nutricional, e que o excesso no uso de toda e qualquer planta medicinal pode ser tóxico.


Fontes:

Sabini MC, Cariddi LN, Escobar FM, et al. Evaluation of the cytotoxicity, genotoxicity and apoptotic induction of an aqueous extract of Achyrocline satureioides (lam.) DC. Food Chem Toxicol. 2013; 60: 463– 470.

Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.fct.2013.08.005


Plantas medicinais do Bioma Pampa no cuidado em saúde / Rita Maria Heck, Márcia Vaz Ribeiro, Rosa Lía Barbieri, editoras técnicas – Brasília, DF: Embrapa, 2017. 156p. ISBN 978-85-7035-721-2


Souza PO, Bianchi SE, Figueiró F, Heimfarth L, Moresco KS, Gonçalves RM, Hoppe


JB, Klein CP, Salbego CG, Gelain DP, Bassani VL, Zanotto Filho A, Moreira JCF. Anticancer activity of flavonoids isolated from Achyrocline satureioides in gliomas cell lines. Toxicol In Vitro. 2018 Sep;51:23-33.

Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.tiv.2018.04.013.


Moresco, K. S. Efeitos terapêuticos de Achyrocline satureioides (Lam.) : estudos in vivo e in vitro. Tese.

Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/175026


Comments


Featured Posts
Archive
Follow Me
  • Grey Facebook Icon
  • Grey Instagram Icon
bottom of page